Faturação Eletrónica

Outras Soluções

Fatura eletrónica otimiza recursos do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

Subscrever Newsletter
Partilhar

Quando falamos de saúde e, nomeadamente, de hospitais, qualquer atraso no atendimento dos pacientes pode ser (em casos extremos) fatal. É certo que a fatura eletrónica não tem influência direta na forma como os doentes são atendidos, mas garante que médicos e enfermeiros têm ao seu dispor os recursos necessários. Como? Com o agilizar de todo o workflow operacional, desde a encomenda, logística e pagamento das faturas dos bens consumidos.

A motivação base foi a de otimizar a logística. Conseguir ter os materiais necessários à prática da atividade, no tempo adequado. Foi com base nesta necessidade que o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) iniciou o seu projeto de adoção da fatura eletrónica. Uma solução que permite não só libertar recursos (humanos e financeiros) como otimizar todo o processo de compras, logístico e de pagamentos. Mais do que apenas aumentar a eficácia e eficiência a adoção da fatura eletrónica permitiu reduzir custos sem que isso colocasse em causa a atividade clínica. E este é o ponto essencial.

Mas se hoje já se vê resultados desta implementação o caminho para chegar até aqui foi cheio de desafios, foi necessário ultrapassar a escassez de recursos humanos, conquistar a adesão dos serviços de apoio e obter o suporte financeiro necessário. Além destes desafios, considero que o maior foi a mudança de mentalidades. Por um lado, conseguir sensibilizar as pessoas sobre o que é o EDI e o seu impacto (explicar que é muito mais do que apenas a digitalização de documentos).

Afinal, se o processo funcionava bem até à altura porquê fazer alterações? Segundo Nuno Loureiro, diretor do serviço de logística e stocks do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, um dos maiores obstáculos foi mudar a perceção que alguns Serviços fundamentais tinham do projeto. Fruto do brainstorming interno, assim como, do envolvimento de alguns stakeholders, conseguiu-se um maior envolvimento, por exemplo, do Serviço de Gestão de Compras, essencial para o sucesso do projeto, dado que, é no referido Serviço, que tudo se inicia com a emissão da Nota de Encomenda. Apesar de nesta fase o maior impacto da adoção da fatura eletrónica se repercutir no Serviço de Gestão Financeira.

Quando falamos de compras numa instituição como o CHULN temos de pensar em dois tipos de fornecedores: 1. os dispositivos médicos (e produtos associados) e 2. a indústria farmacêutica. E verificou-se que se a indústria farmacêutica, principalmente as multinacionais, se encontra um passo à frente na adoção de boas práticas de EDI e faturação eletrónica; relativamente aos fabricantes dos dispositivos médicos foi necessário realizar um esforço extra no sentido de comunicar os benefícios e conseguir o compromisso de avançar com a integração por EDI.

Havia ainda um desafio extra que se prendia com o próprio funcionamento do mercado. A inexistência até há pouco tempo de standards da indústria foi colmatado com a transposição da Diretiva 2014/55/EU para o Decreto-Lei n.º 111-B/2017 e que agora sofreu algumas alterações com a publicação do Decreto-Lei n.º 123/2018.

É um facto que o projeto de adoção da fatura eletrónica ainda está numa fase inicial, mas os resultados obtidos já são muito animadores. De tal forma que o CHULN pretende, até ao final do próximo ano, ter um volume de faturas eletrónicas recebidas superior a 58%. Ao nível dos procedimentos, o que começou com uma necessidade especifica (virada maioritariamente para a logística) ganhou importância, com a Administração do CHULN a definir como objetivo ter uma solução única transversal a todo o hospital, ou seja, implementar a fatura eletrónica em todos os departamentos.

Há ainda um outro efeito colateral positivo, o projeto levado a cabo pelo CHULN está a despertar a atenção de outras unidades hospitalares, e verifica-se o aumento da comunicação entre instituições do setor. A partilha de informação é fundamental para a uniformização e modernização administrativa. Algo que, com o EDI e a fatura eletrónica, torna possível verificar uma mudança para melhor.

 

Wilques Erlacher

Especialista em EDI e faturação eletrónica e business development manager na Saphety

 

Artigo original publicado na Ntech.news, a 25/02/2019.

Como é que as alterações na obrigatoriedade da faturação eletrónica em França impactam o meu negócio?

A Autoridade Tributária francesa acaba de anunciar alterações estruturais na obrigatoriedade da faturação eletrónica de 2026 que irão descontinuar o desenvolvimento do serviço gratuito de troca de faturas operado pelo Estado.

Faturação eletrónica em Singapura

Singapura foi o primeiro país fora da Europa a adotar o PEPPOL. Foi anunciada a implementação de uma adoção faseada do InvoiceNow, o quadro nacional de faturação eletrónica baseado na rede PEPPOL. Começará voluntariamente para empresas registradas no GST em maio de 2025. O mandato cobrirá apenas transações B2B; espera-se que o governo torne o B2G obrigatório nos próximos anos.

Sovos nomeada fornecedora certificada da plataforma PDP

Sovos, a empresa de compliance, anunciou hoje que recebeu seu Número de Registo (n°0004) como Plateforme de Dématérialisation Partenaire (PDP) oficial. Esta designação destina-se a terceiros parceiros da plataforma privada da Autoridade Tributária Francesa, conhecida como Direcção Geral de Finanças Públicas (DGFiP), que transmitem faturas electrónicas para o portal de facturação pública ou outro PDP juntamente com dados, relatórios e estados obrigatórios para o portal público.

Mais posts

Links Rápidos